domingo, 21 de julho de 2013

FILMES EM DOMÍNIO PÚBLICO - BRANCA DE NEVE & OS SETE ANÕES (1937) - DISNEY


SNOW WHITE AND THE SEVEN DWARFS - 1937
(BRANCA DE NEVE & OS SETE ANÕES)

FILME AMERICANO, PRIMEIRO LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO DOS ESTÚDIOS DISNEY, TENDO POR BASE O CONTO DE FADAS DE MESMO NOME DOS IRMÃOS GRIMM. FOI O PRIMEIRO FILME DE ANIMAÇÃO PRODUZIDO NOS ESTADOS UNIDOS, TOTALMENTE EM CORES, O PRIMEIRO DOS MUITOS CLÁSSICOS QUE VIRIAM A SER PRODUZIDOS PELOS ESTÚDIOS DE WALT DISNEY.

GÊNERO: ANIMAÇÃO
DIREÇÃO: DAVID HAND
TEMPO: 83 MINUTOS
ANO: 1937


CAPA DVD

NENHUM FILME NA HISTÓRIA DO CINEMA CAPTUROU A IMAGINAÇÃO COM TANTA MAESTRIA QUANTO O LONGA METRAGEM DE WALT DISNEY NESTA OBRA-PRIMA DA ANIMAÇÃO. GERAÇÃO APÓS GERAÇÃO CELEBRA A MÁGICA HISTÓRIA, COM MEMORÁVEL TRILHA SONORA E PERSONAGENS INESQUECÍVEIS.







SINOPSE

UMA MÁ E BELA RAINHA (QUE TAMBÉM É BRUXA) RESOLVE, POR INVEJA E MALDADE, MANDAR MATAR SUA ENTEADA, BRANCA DE NEVE, A MAIS LINDA DE TODAS.
MAS O CARRASCO QUE DEVERIA ASSASSINÁ-LA A DEIXA PARTIR E, DURANTE SUA FUGA PELA FLORESTA, ENCONTRA A CABANA DOS SETE ANÕES, QUE TRABALHAM EM UMA MINA DE DIAMANTES E PASSAM A PROTEGE-LA.
LGUM TEMPO DEPOIS, QUANDO DESCOBRE QUE BRANCA DE NEVE CONTINUA VIVA, A RAINHA DISFARÇADA DE BRUXA E VAI TRÁS DA MOÇA COM UMA MAÇÃ ENVENENADA, QUE FAZ COM QUE BRANCA DE NEVE CAIA EM UM SONO PROFUNDO POR TODA A ETERNIDADE.
AGORA, SÓ A FORÇA E A MAGIA DE UM BEIJO DE AMOR VERDADEIRO PODERÃO SALVÁ-LA.




CAPA EDIÇÃO DIAMANTE (BLU-RAY+DVD)


Créditos da dublagem brasileira:

Estúdio (1938): Cinelab, RJ

Tradução: João de Barro (Braguinha) e Ruy Castro
Tradução (canções): João de Barro (Braguinha)


Estúdio (1965): Riosom, RJ

Tradução: Gilberto Souto, Telmo Perle Münch

Tradução (canções): Aloysio de Oliveira
Direção de dublagem: Telmo Perle Münch


MÚSICAS


As músicas de Branca de Neve e os Sete Anões foram compostas por Frank Churchill e Larry Morey, enquanto Paul J. Smith e Leigh Harline compuseram a trilha sonora incedental.

As músicas conhecidas do filme incluem "Heigh-Ho", "Some Day My Prince Will Come" e "Whistle While You Work". Já que Disney não possuia uma compania fonográfica na época do filme, os direitos musicais do filme foram cedidos para a Bourne Co., que continua possuindo esses direitos.
Branca de Neve e os Sete Anões se tornou o primeiro longa-metragem americano a ter uma trilha sonora lançada juntamente com o filme.

PRÊMIOS E INDICAÇÕES

INDICADO AO OSCAR DE MELHOR TRILHA SONORA;
EM 1939, PARA COMEMORAR O PRIMEIRO FILME INTEIRAMENTE ANIMADO DO CINEMA NORTE-AMERICANO, O CRIADOR DE BRANCA DE NEVE, WALT DISNEY, FOI HOMEGEADO COM UM OSCAR HONORÁRIO FEITO SOB MEDIDA: UMA DAS ESTATUETAS ERA DE TAMANHO NORMAL, MAS FAZIA CONJUNTO COM OUTRAS SETE PEQUENINAS;
GANHOU O GRANDE BIENNALE ART TROPHY, NO FESTIVAL DE VENEZA.

CURIOSIDADES


  • O orçamento inicial de Branca de Neve e os Sete Anões era de 150 mil dólares, mas o filme acabou custando a Walt Disney a quantia de 1,5 milhão de dólares, um valor astronômico para a época.
  • O filme levou quatro anos e meio para ser concluído.
  • Cerca de 50 nomes foram inicialmente propostos para os anões do filme.
  • Embora a imagem que a Rainha assume para enganar Branca de Neve não seja chamada de "Bruxa" em momento nenhum do filme, foi sob este apelido que ela se celebrizou ao longo das décadas.
  • Nas versões em língua não-inglesa de do filme, os nomes dos anões em suas respectivas camas foram substituídos pelos nomes por eles recebidos em cada país.
  • Algumas cenas feitas para o filme, foram cortadas na edição do longa-metragem, como a cena que os sete anões, como prova de gratidão, constroem uma cama para Branca de Neve e também uma outra cena onde os anões comem sopa.
  • Os movimentos da Branca de Neve foram feitos tendo como base os movimentos da dançarina Marge Champion.
  • Branca de Neve e os Sete Anões foi o primeiro longa-metragem animado da Disney. Foi este filme que pôs os estúdios da Disney à frente dos seus rivais.
  • Em 1938 Walt Disney recebeu um Oscar especial e sete mini estatuetas, representando a Branca de Neve e Os Sete Anões, o Oscar lhe foi entregue pela atriz-mirim Shirley Temple.
  • Quando os anões vão trabalhar e Branca de neve beija a careca de cada anão, não aparece o Feliz.
  • A criação dos sete anões foi a parte mais difícil da produção do filme. Foram necessárias 570 desenhistas e várias versões até chegar a versão atual.
  • No Brasil, a única vez que o filme foi exibido na televisão aberta foi na Sessão de Sábado, da Rede Globo no dia 25 de Dezembro de 2010 (72 anos depois de sua estreia nos cinemas brasileiros). O filme foi exibido como um especial de fim de ano da emissora.
  • O programa Fantástico da Rede Globo durante uma reportagem confundiu a dubladora Dalva de Oliveira com Maria Alice Barreto.
  • A dublagem brasileira dos anos 30 do filme é tida como rara, pois os lançamentos em VHS, DVD e Blu-Ray estão com a dublagem da década de 60.




             
            DISNEY: BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES por qamaleaodigital no Videolog.tv.

sábado, 13 de julho de 2013

FILMES EM DOMÍNIO PÚBLICO - O CISNE NEGRO (1942)


O CISNE NEGRO (THE BLACK SWAN ) 1942

ELENCO: 
  • TYRONE POWER_________________JAMIE WARING
  • MAUREEN O'HARA______LADY MARGARET DENBY
  • LAIRD CREGAR_____________SIR HENRY MORGAN
  • TOMAS MITCHELL__________TOM "TOMMIE" BLUE
  • GEORGE SANDERS________CAPITÃO BILLY LEECH
  • ANTHONY QUINN______________________WOGAN
  • GEORGE ZUCCO___________________LORD DENBY

PAÍS DE ORIGEM: ESTADOS UNIDOS
GÊNERO: AVENTURA (CAPA E ESPADA)
TEMPO DE DURAÇÃO: 81 MINUTOS
TRILHA SONORA: ALFRED NEWMAN
FOTOGRAFIA: LEON SHAMROY
ROTEIRO : BEN HECHT & SETON MILLER
PRODUÇÃO: ROBERT BASSLER
DIREÇÃO: HENRY KING (1886-1982)



AO CLICAR O LINK ACIMA NA PÁGINA DO FILMES COM LEGENDA, VOCÊ IRÁ SE DEPARAR COM UM AVISO CURIOSO:  

SINISTRO NÉ?
COMO JÁ REPRODUZIDO AQUI NO BLOG, ATRAVÉS DE MATÉRIAS PUBLICADAS POR OUTROS, O YOUTUBE DESRESPEITA A LEI E A SOBERANIA BRASILEIRA E SUBVERTE A ORDEM, VISTO SER SIMPLES ALEGAR PROPRIEDADE-MAS, POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, MESMO SENDO CONSIDERADO UM FILME DE DOMÍNIO PÚBLICO SEGUNDO A LEI BRASILEIRA, QUEM POSTOU O VÍDEO É OBRIGADO A PROVAR QUE ESTE O É...
PESQUISANDO NO MESMO YOUTUBE, CONSEGUI ENCONTRAR O TRAILER DESTE MARAVILHOSO E MEMORÁVEL FILME-O QUAL POSTO LOGO ABAIXO (NÃO SEI ATÉ QUANDO ESTARÁ DISPONÍVEL, VISTO O YOUTUBE EMPREGAR UMA POLÍTICA DISTORCIDA E DESRESPEITOSA QUANTO A LEI BRASILEIRA)


The Black Swan (1942) - Official Trailer [SD]


SINOPSE

O famoso pirata Capitão Henry Morgan (Laird Cregar) é nomeado governador da Jamaica pelo Rei da Inglaterra, com o fim de pacificar as ilhas e livrá-las das ações dos piratas do Mar do Caribe. Assim, para prevenir novos atos de pirataria, ele tenta um acordo com os piratas da região. Jamie Waring (Tyrone Power), o mais valente dos homens de confiança de Morgan, decide abandonar suas atividades de corsário quando se apaixona pela bela Margaret Denby (Maureen O’Hara), filha do Governador deposto. Por outro lado, Morgan encontra resistência de dois renegados, o Capitão Billy Leech (George Sanders) e Wogan (Anthony Quinn). Margaret despreza o amor de Jamie, que termina por raptá-la para o seu galeão. Mesmo assim, esse ato a princípio não muda em nada os sentimentos dela para com ele. As coisas começam a mudar quando o Capitão Billy Leech e Wogan tomam de assalto o galeão e Jamie se vê forçado a lutar pela mulher que ama.

TYRONE POWER
MAUREEN O'HARA
ANTHONY QUINN
TYRONE POWER & THOMAS MITCHELL
LAIRD CREGAR
GEORGE SANDERS
CARTAZ FRANCÊS
PIRATAS CERCAM LORD DENBY
TYRONE POWER & GEORGE SANDERS
MAUREEN O'HARA

CAPA DVD/BLU-RAY - CLASSIC LINE
ANTHONY QUINN & GEORGE SANDERS
ANTHONY QUINN
MAUREEN O'HARA & TYRONE POWER



CAPA DVD AMERICANO




O AMOR PELO CINEMA É ALGO QUE ESTÁ NO SANGUE DA MINHA FAMÍLIA, TENDO SIDO TRANSMITIDO A MIM PELO MEU PAI,  O QUAL ME LEVAVA AO CINEMA PARA ASSISTIR A FILMES DE CHARLES CHAPLIN, JOHN WAYNE OU ATÉ MESMO STAR WARS.
JÁ SE PASSARAM 4 ANOS DE SEU FALECIMENTO, MAS TODA VEZ QUE ME DEPARO COM FILMES COMO ESTE, LEMBRO-ME DE SENTADO NA SALA A ASSISTIR E COMPARTILHAR COM ELE A EMOÇÃO E O ENCANTAMENTO COM O ESPETÁCULO QUE NOS ERA PRESENTEADO.
QUANDO ESCREVO SOBRE ESTES FILMES SINTO SAUDADES, NÃO APENAS DE MEU PAI, MAS TAMBÉM DE UM BOM E VELHO CINEMA QUE NÃO EXISTE MAIS. UMA ÉPOCA QUE PODERÍAMOS DENOMINAR DE ROMÂNTICA, COISA QUE A INDÚSTRIA PARECE TER SOTERRADO.
CADA REPRISE É UMA VOLTA AO PASSADO DE MUITA EMOÇÃO E AVENTURA, PRETO & BRANCO OU COLORIDO, NÃO IMPORTA, POIS ALÉM DA QUALIDADE, O CONTEÚDO ERA ALGO FUNDAMENTAL-ALGO QUE NÃO CONSIGO ENXERGAR NO ATUAL CINEMA. O PRAZER ERA ALGO DURADOURO, NÃO APENAS ESCAPISTA-HOJE ELE É APENAS FUGAZ: MAL ACABOU O FILME E POUCO VOCÊ LEMBRA DO QUE ACABOU DE ASSISTIR. FICA APENAS A SENSAÇÃO DE TONTURA PELOS MOVIMENTOS E EFEITOS ESPECIAS DESPEJADOS NA TELA, SUSTENTADOS PELA MÚSICA E SONS ENSURDECEDORES QUE PROCURAM ESCONDER A PRECARIDADE DE TAIS PRODUÇÕES.
MESMO DISPENDENDO UM GRANDE TEMPO EM PESQUISA, PROCURO SEMPRE INCLUIR UMA GRANDE VARIÁVEL DE IMAGENS, SEJA DO FILME OU DA ARTE QUE ERA EMPREGADA NA DIVULGAÇÃO DOS MESMOS. ARTE SIM, VERDADEIRAS OBRAS DE ARTE PERTO DO QUE HOJE SE FAZ EM TERMOS GRÁFICOS AMPARADOS PELOS PHOTOSHOPS DA VIDA. NÃO ESQUECENDO DOS POUCOS RECURSOS QUE DISPUNHAM NA ÉPOCA, O QUE OS FORÇAVA A ULTRAPASSAR OS PRÓPRIOS LIMITES DA CRIATIVIDADE E LEGANDO VERDADEIROS TESOUROS AS FUTURAS GERAÇÕES.
POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, HOJE ATÉ VALORIZO MAIS DO QUE NAQUELA ÉPOCA, ATÉ PORQUE O MEU TRABALHO ME DÁ O SUPORTE E A SUSTENTAÇÃO PARA VISUALIZAR, ANALISAR E /OU CRITICAR AS QUALIDADES OU FALHAS-E PERCEBO QUE O QUE NAQUELA ÉPOCA FOI CRIADO, ATÉ HOJE É UTILIZADO NOS FILMES, APENAS COM O DIFERENCIAL DO APOIO DA COMPUTAÇÃO. DAÍ VOCÊ FICA PENSATIVO: COMO ELES CONSEGUIAM, NAQUELA ÉPOCA? SEM COMPUTADORES?
NÃO ESQUECENDO DE ATORES COMO TYRONE POWER, MAUREEN O'HARA, GEORGE SANDERS, ANTHONY QUINN E OUTROS GRANDE DA ÉPOCA, POUCOS HOJE TEM O QUE LHES ERA NATURAL-MESMO AQUELES TIDOS COMO VERDADEIROS CANASTRÕES: MAGIA.

OUTROS TÍTULOS RECEBIDOS:

O PIRATA NEGRO (PORTUGAL)
LE CYGNE NOIR (FRANÇA)
DER SEERÄUBER (ALEMANHA)
CIGNO NERO (ITÁLIA)

70 Anos de Cinema

CURIOSIDADES

- Devido à guerra e visando economia nos gastos, os atores se esforçaram para realizar as cenas em apenas uma tomada.

- O mesmo navio foi utilizado nos filmes That Hamilton Woman (1941), The Princess and the Pirate (1944) e Captain Kidd (1945).



-THOMAS MITCHELL, O ATOR DO PERSONAGEM TOMMY BLUE, PODE NÃO SER LEMBRADO PELAS ATUAIS GERAÇÕES, MAS TEVE UM MARCANTE DESEMPENHO COMO O PAI DE SCARLETT O'HARA EM ... E O VENTO LEVOU, TENDO SIDO TAMBÉM ROTEIRISTA E UM DOS POUCOS PREMIADOS COM UM OSCAR, UM EMMY E UM TONY. SEU GRANDE ANO FOI O DE 1939, ONDE ALÉM DE ... E O VENTO LEVOU, ATUOU TAMBÉM EM A MULHER FAZ O HOMEM (MR. SMITH GOES TO WASHINGTON), DE FRANK CAPRA, NO TEMPO DAS DILIGÊNCIAS (STAGECOACH), DE JOHN FORD, FILME PELO QUAL RECEBEU O OSCAR DE MELHOR ATOR COADJUVANTE, ENTRE OUTROS.

PRÊMIOS
OSCAR DE MELHOR FOTOGRAFIA, TENDO AINDA RECEBIDO INDICAÇÕES NAS CATEGORIAS EFEITOS ESPECIAIS E TRILHA SONORA.

LINKS





























ROCKAZINE: VAMOS FALAR DE DOMÍNIO PÚBLICO?

DURANTE MINHAS INTERMINÁVEIS PESQUISAS QUE REFERENDEM OS TÍTULOS AQUI POSTADOS DEPAREI-ME COM ESTA ESCELENTE MATÉRIA DO ROCKAZINE, 
A QUAL TRANSCREVO NA ÍNTEGRA.

No Brasil, o tema do domínio público é escassamente debatido. A única vez, de fato, que vi o tema ser bastante comentado foi no começo de 2008, quando, passados 70 anos da morte de Noel Rosa, sua obra passou ao domínio público – que nada mais é que o fim do período de exclusividade de utilização econômica de uma obra intelectual (literária, artística ou científica). Até ali, a maioria das pessoas associava a expressão a um e-mail enviado como spam em que alguém, alarmado, dizia que estava para sair do ar o site www.dominiopublico.gov.br, por falta de acessos (jamais ameaçado, o site completará 7 anos em novembro).
A passagem de uma obra ao domínio público abre uma série de possibilidades interessantes. Permitiu-me, por exemplo, compilar e lançar no blog http://noelrosa100.blogspot.com/ o CD virtual Noel Rosa Cantor – Vol. 1, apenas com fonogramas liberados, para download gratuito (o único pagamento exigido do interessado é o envio de uma mensagem sobre o CD para sua rede social). Também propicia o surgimento de uma editora como a Legatus, de Alexandre Pires Vieira, que só lança e-books de textos que ele busca no já citado site Domínio Público. Vieira chega a faturar 6 mil dólares por mês com suas vendas na livraria virtual Amazon. Machado de Assis está entre os autores que Vieira publica. Assim como ele, diversos outros editores hoje podem lançar Machado, de modo que há concorrência e o leitor pode optar pela edição que achar melhor. Outros benefícios são a redução de custos para produção de CDs, shows e livros que utilizem obras liberadas.
O medo de enfrentar concorrência, num setor da economia onde ela não é habitual, acaba gerando distorções, que se ligam ao silêncio em relação ao domínio público. Eu soube, por exemplo, de uma cantora que pagou a uma editora musical em 2009 pela gravação de uma música de Cândido das Neves. Tendo este autor falecido em 1934, desde 2005 sua obra se acha em domínio público – ou seja, cessou, por força de lei, o mandato que a editora tinha para representar os herdeiros do autor. O correto seria a editora comunicar à cantora que a obra estava liberada e que ela poderia gravá-la sem ônus. Na mesma época, um cantor me procurou porque queria lançar uma compilação, semelhante à que fiz de Noel, de obras de Sinhô, morto em 1930 e cuja obra está liberada desde 2001. Ao buscar os fonogramas originais nas gravadoras, era informado, erroneamente, que a cada mudança de suporte (ou seja, do 78 rpm para o LP, deste para o CD, MP3 etc), a contagem de 70 anos de proteção se reiniciava (não há nada parecido com isso escrito na Lei do Direito Autoral em vigor no país, a 9610/98 – http://www.cultura.gov.br/site/?cat=1346).
É bom não esquecer que o papel do direito autoral é assegurar um período de exclusividade ao autor e seus herdeiros, para a exploração comercial de sua obra. Findo esse período, a obra passa ao domínio público, se tornando então patrimônio de todos; fica, porém, assegurado, eternamente, o direito moral do reconhecimento da autoria. Esse é o mesmo princípio das patentes de invenções – por exemplo, Alexander Graham Bell inventou o telefone e durante alguns anos sua empresa, a Bell, teve o monopólio legal assegurado; acabado esse período, qualquer outra empresa poderia fabricar telefones, com o que o consumidor ganhou, por meio da concorrência, melhorias técnicas e redução de custos. Enfim, por não encarar o domínio público com a mesma visão que o dono da Legatus, Alexandre Pires Vieira, algumas gravadoras e editoras adotam as atitudes citadas no parágrafo anterior. Ao lado da desinformação, pode acontecer também a pressão sobre os legisladores para estender indefinidamente o prazo de proteção. Nos Estados Unidos, o prazo, que era de 70 anos, passou a ser de 90, em 1998; a emenda ganhou o apelido de “Mickey Mouse Protection Act”, pois se comentava que a Disney é que teria exigido a prorrogação, para evitar a liberação dos filmes mais antigos do camundongo.
Observem que Brasil e Estados Unidos adotam prazos de proteção diferentes. Pois é, cada país é livre para fixar o período que lhe parecer melhor, desde que não seja inferior ao estabelecido pela Convenção de Berna – 50 anos. Essa autonomia acaba gerando um efeito colateral preocupante: a falta de parâmetros claros sobre qual legislação deve ser considerada em cada caso. A ponto de, no site Domínio Público, o próprio Ministério da Educação admitir que “as diferentes legislações que regem os direitos autorais de outros países trazem algumas dificuldades na verificação do prazo preciso para que uma determinada obra seja considerada em domínio público.”
Pode não parecer, mas 70 anos post mortem é muito tempo. No caso de obra em parceria (muito comum no campo da música), a contagem do prazo só começa após a morte do “último dos co-autores sobreviventes”, como diz o artigo 42 da Lei 9610. Peguemos um exemplo, o caso de “Carinhoso”, choro que Pixinguinha compôs no começo dos anos 1920 e que foi letrado por João de Barro em 1937. Como Pixinguinha morreu em 1973, e João de Barro em 2006, “Carinhoso” só passará ao domínio público em 2077, mais de 150 anos depois de ter sido escrita!
É possível alterar isto? Não muito. O direito autoral é regulado desde 1886 pela Convenção de Berna. O Brasil, sendo seu signatário, deve seguir vários princípios ali fixados, como esse do prazo mínimo de 50 anos. O país que ousar fixar um período menor arrisca-se a ser excluído do acordo e ver seus criadores intelectuais perderem o direito à proteção no exterior. Sou favorável a que, na revisão que o Congresso Nacional deve fazer em breve na Lei do Direito Autoral, o prazo de proteção seja reduzido para 50 anos.

Seria importante que mais gente no Brasil entendesse os benefícios econômicos e culturais do domínio público. São raras as iniciativas como a minha, criando um hotsite com toda a obra já liberada de Noel Rosa – http://www.brasileirinho.mus.br/noelrosa.html . Ou projetos como o Noel Inédito, da cantora e compositora baiana Laura Dantas, que musicou letras de Noel cuja melodia se perdeu. Vários outros compositores importantes já estão com as obras em domínio público – cito apenas três: Carlos Gomes, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth. Acima de tudo, entendo que falta, principalmente, um referencial. Algo que dê visibilidade às obras em domínio público. Penso que artistas que estivessem pesquisando repertório para um CD ou roteirizando um novo show poderiam consultar uma base de dados para ter opções de obras pelas quais, legalmente, não precisariam pagar direitos autorais, reduzindo consideravelmente seus custos de produção. Óbvio que sabemos que este não é o único critério a considerar (a qualidade da obra e sua identificação com o intérprete certamente pesarão mais), mas não deixa de ser relevante – além de ajudar a colocar novamente em circulação na sociedade obras criadas há pelo menos 70 anos, e que fazem parte do rico patrimônio cultural de nosso país.

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FILMES EM DOMÍNIO PÚBLICO - PRISONERS OF THE LOST UNIVERSE (1983)

DURAÇÃO: 90 MINUTOS
IDIOMA: INGLÊS
LEGENDAS: ?
GÊNERO: FICÇÃO/AVENTURA
ELENCO
RICHARD HATCH
KAY LENZ
JOHN SAXON

PETER O'FARRELL
.
.
.
E POR AÍ VAI, COM MAIS UM BANDO DE DESCONHECIDOS (PELO MENOS PARA MIM) DO GRANDE PÚBLICO, MESMO DAQUELES QUE MUITO ACOMPANHARAM FILMES OBSCUROS COMO ESTE QUANDO LANÇADOS EM VHS.
O FILME FOI DIRIGIDO POR TERRY MARCEL, EX-ASSISTENTE DE DIREÇÃO DE BLAKE EDWARDS NO ÚLTIMO FILME DA PANTERA COR DE ROSA COM PETER SELLERS.
APESAR DE MEUS ESFORÇOS, NÃO CONSEGUI ENCONTRAR INFORMAÇÕES CONFIÁVEIS O SUFICIENTE DE QUE ESTE FILME TENHA SIDO LANÇADO NO BRASIL-ENCONTRANDO, NO MÁXIMO, UMA REFERÊNCIA DO LANÇAMENTO EM PORTUGAL SOB O NOME DE "PRISIONEIROS DO UNIVERSO PERDIDO".
O MAIOR DESTAQUE FICA POR CONTA DO ATOR RICHARD HATCH, MAIS CONHECIDO DO PÚBLICO POR SEU PAPEL DE CAPITÃO APOLLO EM BATTLESTAR GALLACTICA.

SINOPSE

O FILME TRATA DAS EXPERIÊNCIAS DE UM CIENTISTA (KENNETH HENDEL) COM SEU TRANSPORTADOR DE MATÉRIA E DUAS OUTRAS PESSOAS (RICHARD HATCH & KAY LENZ), QUE ENCONTRAM-SE EM LUGAR ERRADO E NA HORA ERRADA, QUANDO SÃO TRANSPORTADOS PARA OUTRO MUNDO E DIMENSÃO QUANDO OCORRE UM TERREMOTO EXATAMENTE NA HORA EM QUE O TRANSMISSOR DE MATÉRIA É TESTADO.
O TRIO É ENVIADO AO ESTRANHO MUNDO DE VONYA (QUE SE PARECE MUITO COM AS PLANÍCIES AFRICANAS, LOCAL DAS FILMAGENS, E ONDE TODOS FALAM INGLÊS). O OBJETIVO PRINCIPAL A SEGUIR É VOLTAR PARA A TERRA, ESCAPANDO DAS GARRAS DE KLEEL, O VILÃO QUE ACABA SE INTERESSANDO POR CARRIE MADISON, PERSONAGEM DE KAY LENZ.
  




Prisoners Of The Lost Universe 1983 Full Movie [Sci-Fi]